A Vice Media planeja demitir centenas de funcionários e não publicará mais material em seu site Vice.com, disse o CEO da empresa em um memorando enviado aos funcionários na quinta-feira.

A Vice, que entrou com pedido de falência no ano passado antes de ser vendida por US$ 350 milhões para um consórcio liderado pelo Fortress Investment Group, também está procurando vender seu negócio de publicação Refinery 29, disse o CEO Bruce Dixon em seu memorando.

É o mais recente sinal dos problemas financeiros que afetam a indústria da mídia.

Sites digitais como o Messenger, BuzzFeed News e Jezebel encerraram suas atividades no último ano, e veículos de mídia tradicionais como Los Angeles Times, Washington Post e Wall Street Journal também têm visto cortes de empregos.

Anteriormente uma empresa de mídia ousada voltada para um público mais jovem, com um estilo de narrativa imersiva que abrangia meios digitais, televisão e cinema, a Vice, sediada em Nova York, foi avaliada em US$ 5,7 bilhões em 2017. Dixon não ofereceu detalhes específicos sobre as demissões, apenas disse que centenas de pessoas serão afetadas e serão notificadas no início da próxima semana.

O New York Times informou que a empresa atualmente tem cerca de 900 funcionários.

“Eu sei que dizer adeus aos nossos colegas valorizados é difícil e parece avassalador, mas este é o melhor caminho para a Vice à medida que posicionamos a empresa para o sucesso criativo e financeiro a longo prazo”, disse Dixon.

Ele disse que não era mais economicamente viável para a Vice distribuir seu conteúdo digital, incluindo notícias, da maneira como vinha fazendo.

Ele disse que a Vice enfatizaria mais seus canais sociais e buscaria maneiras diferentes de distribuir seu conteúdo. Como parte de sua mudança estratégica, Dixon disse que a Vice seguiria um modelo de estúdio.

Antes de entrar com pedido de proteção contra falência no ano passado, a Vice cancelou seu programa de televisão “Vice News Tonight” como parte de uma rodada de demissões na época.