Ministro Alexandre de Moraes Autoriza Operação Contra Golpistas Militares
Em 19 de novembro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma operação da Polícia Federal que resultou na prisão de militares suspeitos de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023. Entre os alvos estavam o próprio presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação revelou que o grupo monitorava os deslocamentos de autoridades desde novembro de 2022, após uma reunião na residência do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto. Planos incluíam o envenenamento do ministro Moraes e a execução de Lula e Alckmin. Para o presidente eleito, considerou-se sua vulnerabilidade de saúde, sugerindo envenenamento ou uso de químicos para causar colapso orgânico. O vice-presidente Alckmin, identificado pelo codinome “Joca”, também era alvo, visando a extinção da chapa vencedora.
A organização criminosa dividia-se em cinco núcleos:
- Ataques virtuais a opositores
- Ataques às instituições (STF, TSE) e ao sistema eleitoral
- Tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Ataques às vacinas contra a Covid-19 e medidas sanitárias
- Uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, incluindo desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A operação resultou na prisão de um policial federal e quatro militares das forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. A PF encontrou um plano detalhado, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía a execução dos candidatos eleitos e o sequestro e execução de Moraes caso o golpe se concretizasse.
As investigações continuam, buscando identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a compreensão das conexões entre os atos golpistas e o governo Bolsonaro. Este caso ressalta a importância da vigilância contínua para proteger as instituições democráticas brasileiras.