A lojista Janaína Nunes, de 40 anos, esteve na Câmara Municipal de Goiânia na última quinta-feira (26) para denunciar uma suposta falha médica que resultou em sequelas permanentes. A paciente afirmou ter sido submetida a uma cirurgia cerebral desnecessária, após um diagnóstico incorreto.

Segundo Janaína, o neurocirurgião Dr. Tiago Fernandes diagnosticou um tumor cerebral, quando ela, na verdade, sofria de uma Malformação Arteriovenosa (MAV). Com base nesse diagnóstico equivocado, foi realizada uma cirurgia invasiva para a retirada do suposto tumor. O procedimento incluiu a abertura do crânio e a remoção de parte da massa encefálica, comprometendo sua capacidade de locomoção.

Posteriormente, Janaína passou por uma nova cirurgia, realizada em outra unidade hospitalar, desta vez para tratar corretamente a MAV. Essa intervenção, menos invasiva, confirmou o equívoco no diagnóstico inicial. No entanto, os danos causados pela primeira cirurgia continuam afetando sua qualidade de vida.

Tentamos contato com o chefe da neurocirurgia do plano de saúde responsável pelo caso, mas nossas solicitações ainda não foram atendidas.

O caso de Janaína não é isolado. Outros relatos envolvendo o mesmo médico surgiram nos últimos meses. Diante da gravidade das denúncias, vereadores comprometeram-se a investigar os episódios envolvendo o profissional e a operadora de saúde.

A Câmara Municipal de Goiânia anunciou a criação, em breve, de uma comissão especializada na área da saúde, com o objetivo de apurar denúncias de falhas médicas, garantir justiça às vítimas e fortalecer a fiscalização dos serviços oferecidos pelos planos de saúde.