Cinco foragidos de Goiás são mortos durante operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro

Pelo menos cinco foragidos da Justiça de Goiás foram mortos em confrontos durante a Operação Contenção, deflagrada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) nesta terça-feira (28). A megaoperação, considerada a mais letal da história fluminense, já soma mais de 120 mortos, entre suspeitos e policiais.

Os goianos estavam entre os criminosos abrigados pela facção em comunidades cariocas. Segundo estimativas das polícias Civil e Militar de Goiás, cerca de 50 foragidos goianos vivem atualmente em favelas do Rio, sob proteção do Comando Vermelho.

Entre os mortos, estão nomes conhecidos das forças policiais goianas:

  • Marcos Vinícius da Silva Lima, o Rodinha, de 27 anos, apontado como chefe do tráfico em Itaberaí (GO). Ele teria se mudado para o Rio no fim de 2024.

  • Rafael Resende Pereira, o Panela, de 30 anos, preso em Goiânia em 2017 por assassinar o filho de um policial militar por causa de uma dívida de R$ 400.

  • Adan Pablo Alves de Oliveira, o Madruga, de 28 anos, condenado por homicídio em Trindade e com mandado de prisão em aberto.

  • Fernando Henrique dos Santos, o Fernandinho, de 29 anos, considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho em Goiás.

  • Éder Alves de Souza, o Disquete, de 37 anos, famoso por comandar um roubo em um hotel de Caldas Novas em 2017.

As mortes ocorreram em duas comunidades do Rio de Janeiro, em confrontos com forças policiais. Fotos dos suspeitos circulam em grupos de mensagens com mensagens de pesar enviadas por conhecidos.

Durante a operação, dois policiais civis e dois militares também perderam a vida. As forças de segurança continuam com ações de varredura nas áreas dominadas pelo tráfico.

A Operação Contenção tem como alvo os principais núcleos de comando e logística do Comando Vermelho, e faz parte de uma estratégia nacional de cooperação entre estados para combater o tráfico interestadual.

Entre os foragidos goianos ainda procurados, está Yuri Alexandre Sousa Andrade, o Cerradão, de 22 anos, acusado de mandar matar mais de dez rivais em Goiânia e apontado como um dos criminosos mais perigosos ligados à facção.

As polícias de Goiás e do Rio de Janeiro seguem trocando informações para identificar e prender outros integrantes do grupo que migraram do Centro-Oeste para o Sudeste.