As buscas pelo Mounjaro dispararam no Brasil nos últimos meses, fazendo o medicamento superar até nomes conhecidos como Ozempic e Wegovy no ranking do Google Trends. A popularidade da caneta injetável, usada no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, trouxe à tona dúvidas comuns entre pacientes e interessados: preço, eficácia, necessidade de receita e efeitos colaterais.

O Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, atua em dois receptores hormonais (GLP-1 e GIP), ajudando a controlar os níveis de glicose, aumentar a saciedade e reduzir o apetite. Inicialmente indicado para diabetes tipo 2, ganhou espaço também como aliado no emagrecimento em pessoas com obesidade ou sobrepeso associado a doenças crônicas.

Assim como outros medicamentos da mesma classe, sua venda no Brasil só é permitida com retenção de receita médica, válida por até 90 dias. O preço varia entre R$ 1.700 e R$ 2.400, dependendo da dosagem e da farmácia, o que o torna mais caro que o Ozempic, vendido atualmente entre R$ 825 e R$ 1.110.

Estudos recentes indicam que o Mounjaro pode proporcionar resultados mais expressivos no emagrecimento. Em 20 semanas de uso, pacientes chegaram a perder até 25% do peso corporal, percentual superior ao obtido com o Ozempic, cuja média foi de 17% em 15 semanas.

Entre os principais efeitos colaterais relatados estão náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e irritação no local da aplicação. Em casos mais graves, há risco de pancreatite, cálculos biliares e hipoglicemia quando associado a outros antidiabéticos. O medicamento não é indicado para menores de 18 anos, grávidas, lactantes, pessoas com diabetes tipo 1 ou com histórico de câncer de tireoide e pancreatite.

Com o avanço da procura, especialistas alertam que o uso deve sempre ser acompanhado por médicos, uma vez que a automedicação pode trazer riscos sérios à saúde. Enquanto o interesse cresce, farmácias têm registrado até “pré-vendas” em redes sociais, reforçando a necessidade de fiscalização e orientação adequada para os consumidores.