Hipertensão: HGG realiza atendimentos gratuitos à população nesta terça-feira

 

O tradicional Saúde na Praça, projeto do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, receberá a população em uma ação dedicada ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril. O evento será nesta terça-feira, 23, das 7h às 12 horas, na Praça Abrão Rassi será palco, em frente ao hospital e reforçará a importância da prevenção e do combate à pressão alta. Os participantes terão a oportunidade de aferir a pressão arterial, realizar testes de glicemia e receber avaliações de médicos fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, além de orientações das equipes de enfermagem e médica.
O médico cardiologista do HGG, Afonso Celso Alves de Souza, alerta que a hipertensão é considerada uma doença silenciosa, que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos. Esse fator faz com que muitas pessoas convivam com a doença sem o diagnóstico e tratamento adequados. “A pressão alta pode causar lesões nos rins, levando à insuficiência renal e até à hemodiálise, insuficiência cardíaca devido ao coração sobrecarregado pela pressão, resultando em dilatação e insuficiência cardíaca, derrame cerebral e até cegueira”, afirmou. O cardiologista destaca a importância de um diagnóstico precoce, pois, muitas vezes o paciente descobre que tem pressão alta após a lesão de um órgão importante, como rins, coração, olhos e cérebro, os principais afetados pela enfermidade.

Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um importante relatório sobre o cenário da hipertensão arterial no mundo, incluindo no Brasil. Os dados alarmantes revelaram que o número de pessoas com a doença dobrou em 30 anos e agora inclui um a cada três adultos no planeta. Além disso, metade desses indivíduos nem mesmo sabe que tem o diagnóstico, levando à estimativa de que apenas um em cada cinco pacientes esteja em tratamento adequado. No Brasil, embora uma parcela maior da população tenha hipertensão (45%), 62% dos pacientes realizam o tratamento. No entanto, os números continuam preocupantes, pois a hipertensão arterial é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que hoje lideram as causas de morte no Brasil e no mundo.