O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou nesta terça-feira (16/7) um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A iniciativa ocorre em meio às tensões entre Brasil e Estados Unidos, após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump, supostamente como retaliação à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro.

Nikolas alega que Lula teria cometido crime de responsabilidade ao permitir e incentivar uma suposta perseguição ao ex-presidente Bolsonaro, o que, segundo ele, comprometeria a imagem institucional do Brasil no exterior e resultaria em prejuízos econômicos para o país. O parlamentar também critica a atuação do Judiciário, sugerindo que o Executivo teria se omitido diante de abusos.

O pedido foi protocolado na Câmara dos Deputados e agora aguarda análise do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que decidirá se dará andamento ao processo. A probabilidade de aceitação, no entanto, é considerada baixa, já que Lira tem evitado pautas polêmicas em fim de mandato e Lula mantém apoio de uma base sólida no Congresso.

A movimentação de Nikolas ocorre em um contexto político conturbado. Recentemente, a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado, e a popularidade de Lula demonstrou leve recuperação, conforme pesquisa Genial/Quaest.

O Planalto não comentou oficialmente o pedido de impeachment. Nos bastidores, aliados classificam a ação como “mera manobra política” e destacam que não há elementos jurídicos consistentes que sustentem a acusação.