PF investiga esquema de fraudes com recursos do Fundeb em Goiás; ex-terceirizado da Seduc é alvo

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (7), uma operação para apurar um suposto esquema de fraudes envolvendo recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em Goiás. O caso, segundo as autoridades, teria ocorrido em 2021 e envolve um ex-servidor terceirizado da área de Tecnologia da Informação (TI) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-GO).

A operação cumpre oito mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Também houve determinação judicial para o bloqueio de bens dos investigados — pessoas físicas e jurídicas. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

De acordo com a PF, o ex-terceirizado teria recebido uma vantagem indevida de aproximadamente R$ 465 mil ao facilitar licitações que beneficiaram empresas intermediárias e contas de passagem. As investigações apontam que parte do montante foi usado para a compra de veículos e eletrônicos, incompatíveis com a renda do investigado.

Os crimes atribuídos aos envolvidos incluem frustração do caráter competitivo de licitações, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Em nota, a Seduc informou que não é alvo da operação e que não houve busca ou apreensão em sua sede ou unidades administrativas. O órgão esclareceu que o ex-funcionário terceirizado investigado foi desligado ainda em 2022. A pasta reiterou seu compromisso com a transparência e com o total esclarecimento dos fatos.

“Nenhum servidor da Seduc foi notificado sobre a operação ou procurado pela PF”, afirma a secretaria, que segue em contato com as autoridades.