Tragédia do Submersível OceanGate: Paralelos preocupantes com o Naufrágio do Titanic, afirma James Cameron
O renomado diretor James Cameron chocou-se com as semelhanças entre a recente tragédia do submersível turístico OceanGate e o icônico naufrágio do navio Titanic em 1912. Durante uma entrevista à ABC News na quinta-feira passada, Cameron expressou sua preocupação com os eventos que se desenrolaram, destacando a falta de precaução diante dos avisos.
“Estou impressionado com a semelhança do próprio desastre do Titanic, onde o capitão foi repetidamente avisado sobre o gelo à frente de seu navio e, no entanto, ele navegou a toda velocidade em um campo de gelo em uma noite sem lua”, disse o diretor do filme “Titanic”, que se tornou um marco na história do cinema.
Cameron, conhecido por suas expedições aos destroços do Titanic, considerou “surpreendente” que uma “tragédia semelhante” tenha ocorrido depois que Stockton Rush, proprietário da empresa de submersíveis OceanGate, foi alertado para não prosseguir com o mergulho. Durante a entrevista, ele revelou que membros proeminentes da comunidade de engenharia de submersão profunda haviam enviado cartas ao CEO da OceanGate, advertindo sobre os perigos iminentes antes da viagem fatídica.
Segundo Cameron, especialistas da área enfatizaram que o submersível era “experimental demais para transportar passageiros” e necessitava de mais certificações antes de levar pessoas às profundezas do oceano. No entanto, no último domingo, Rush e outros quatro aventureiros ricos decidiram ignorar os alertas e embarcaram em uma jornada de quase 2,4 milhas até o fundo do oceano para vislumbrar os destroços do Titanic.
Infelizmente, essa expedição resultou em uma tragédia. Rush, 61 anos, Hamish Harding, 58 anos, Paul-Henri Nargeolet, 77 anos, Shanzada Dawood, 48 anos, e seu filho Sulaiman Dawood, de apenas 19 anos, perderam a vida durante a descida. Após uma extensa missão de busca e resgate, as autoridades da Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que os passageiros não sobreviveram.
A identificação dos destroços no fundo do oceano confirmou que se tratava do submersível Titan, e foi constatado que o submarino implodiu durante a descida. O contra-almirante John Mauger expressou suas condolências à família das vítimas e esperou que a descoberta proporcione algum consolo durante este período difícil.
Essa trágica ocorrência levanta sérias questões sobre a segurança e a responsabilidade envolvidas em expedições de mergulho extremo. É essencial que as empresas e os aventureiros levem em consideração os avisos e as recomendações dos especialistas, garantindo a proteção da vida humana em todas as circunstâncias.
O desastre do submersível OceanGate deixou uma marca indelével, lembrando-nos da fragilidade humana diante das profundezas do oceano e da importância de respeitar os limites estabelecidos pelos especialistas em segurança. Que essa tragédia sirva como um lembrete triste, mas necessário, de que a exploração marítima deve sempre ser acompanhada de cautela e cuidado extremos para evitar perdas irreparáveis. (Com informações Page Six)