O dissidente militar russo Yevgeny Prigozhin foi dado como morto em um violento acidente de jato particular ao norte de Moscou – dois meses após seu golpe fracassado contra Moscou.

Prigozhin, líder do polêmico grupo paramilitar Wagner, estava na lista de passageiros da aeronave Embraer que caiu a caminho da capital russa para São Petersburgo, informou quarta-feira a agência de notícias TASS, citando a Agência Federal de Transporte Aéreo.

“Foi iniciada uma investigação sobre o acidente do avião da Embraer ocorrido na região de Tver esta noite.

De acordo com a lista de passageiros, o nome e o sobrenome de Yevgeny Prigozhin foram incluídos nesta lista”, afirmou a agência.

Dez pessoas – sete passageiros e três tripulantes – estavam a bordo quando o jato caiu, disse a SkyNews.

Prigozhin liderou o seu grupo militar num motim contra Putin em 24 de junho, marchando em direção a Moscovo antes de ser cancelado cerca de 160 quilómetros antes de chegar à capital e as tropas concordarem em dar meia-volta e regressar às linhas da frente.

O acidente ocorre apenas dois dias depois de Prigozhin, 62, compartilhar seu primeiro discurso em vídeo desde o golpe abortado de 24 de junho no Kremlin.

A filmagem não verificada do mercenário camuflado carregando uma arma de assalto apareceu nos canais do Telegram vinculados a Wagner na terça-feira.

Acredita-se que o vídeo tenha sido filmado em algum lugar da África, já que um avião ligado a Prigozhin teria pousado em Bamako, no Mali, no domingo.

O Grupo Wagner foi contratado pela junta militar local no Mali em 2021, depois de as forças de manutenção da paz da ONU e as tropas francesas terem sido expulsas do país.

Antes do vazamento das imagens, Prigozhin manteve-se discreto desde o breve motim de junho que ameaçou usurpar os chefes militares da Rússia sobre a forma como lidaram com a guerra na Ucrânia.