Aurora Beauchamp, que foi atropelada e arrastada por um ônibus em Nova York, receberá uma indenização recorde de US$ 72,5 milhões, aproximadamente R$ 359 milhões. Beauchamp, atualmente em uma cadeira de rodas devido ao acidente, processou a Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA), agência de trânsito da cidade, pelo acidente que a deixou parcialmente paralisada.

O atropelamento ocorreu no Lower East Side de Manhattan, em março de 2017, quando Beauchamp atravessava uma rua na faixa de pedestres e foi atingida pelo ônibus, sendo arrastada por cerca de 6 metros sob o veículo. Como resultado, ela sofreu graves lesões na pélvis e ficou com a perna esquerda paralisada. Na época, o motorista do ônibus, Eduard Khanimov, foi preso e mais tarde se declarou culpado. Surpreendentemente, ele ainda está empregado pela MTA, mas em uma função diferente, como faxineiro.

Atualmente com 68 anos, Beauchamp, que cresceu perto do local do acidente, reside em Bradenton, na Flórida. Ela contou ao New York Post que no dia do atropelamento estava a caminho do apartamento de sua mãe para contar sobre seu diagnóstico de câncer uterino. Beauchamp expressou sua incredulidade: “Atravessei aquela rua 100 milhões de vezes na minha vida. Eu estava me sentindo bem. A próxima coisa que sei é que estou debaixo do ônibus lutando pela minha vida”.

Após um júri de seis pessoas deliberar por menos de três horas, foi alcançado o veredicto em 22 de fevereiro. Os advogados da vítima afirmaram que o valor definido pelo tribunal parece ser um dos maiores em relação a um acidente de ônibus da MTA.

Tim Minton, porta-voz da agência de trânsito, informou à WPIX-TV que a empresa planeja recorrer da sentença, destacando: “Esta é outra indicação de como as indenizações excessivas em litígios de danos pessoais impactam o financiamento que de outra forma poderia estar disponível para a prestação de serviços de trânsito”.

O casal pretende usar o dinheiro da indenização para contratar ajudantes para Beauchamp, adquirir um veículo acessível para cadeiras de rodas e fazer modificações em sua residência, ou possivelmente encontrar uma nova casa. Beauchamp elogiou o marido por cuidar dela “todos os dias sem reclamar”.

Com informações de O GLOBO