Pelo menos 62 pessoas morreram em consequência das fortes inundações na província de Valência, conforme informou o Centro de Coordenação Operativa Integrada do Ministério do Interior nesta tarde. A instituição, que consolida dados de diversos órgãos de segurança e emergência, destaca que as equipes de resgate seguem trabalhando intensamente na região.

O Instituto de Medicina Legal de Valência já mobilizou nove equipes forenses para realizar o levantamento dos corpos, enquanto o Ministério da Defesa disponibilizou necrotérios portáteis devido ao temor de que mais vítimas sejam encontradas à medida que o barro seja removido das áreas inundadas. Até o momento, além das mortes em Valência, uma mulher de 88 anos faleceu em Mira, na província de Cuenca, e outra vítima foi registrada em Letur, em Albacete, onde ainda há cinco pessoas desaparecidas.

As operações de resgate têm contado com o apoio de meios aéreos, psicólogos militares e cães treinados para localizar corpos, em um esforço contínuo para minimizar o número de vítimas. Segundo relatos, dezenas de pessoas passaram a noite nos telhados de caminhões, carros, postos de gasolina e lojas, esperando socorro, enquanto outras permaneceram presas em seus veículos em rodovias congestionadas pela água.

O temporal também provocou extensos apagões, afetando cerca de 155 mil pessoas, além de interrupções nas estradas em diversas províncias do leste e sudeste do país. O serviço de trem de alta velocidade entre Madrid e a Comunidade Valenciana, assim como o corredor mediterrâneo em direção a Barcelona, permanecerá suspenso ao longo do dia.

Nesta manhã, o foco das chuvas intensas deslocou-se para o norte da comunidade, especialmente para as províncias de Castellón, Cuenca e Teruel. As autoridades locais alertam para o risco de novos alagamentos e reforçam as recomendações de segurança para a população.