Ex-embaixador dos EUA na Ucrânia: prisão de cidadã russo-americana é um desafio aos EUA

O ex-embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Bill Taylor, expressou preocupação com a prisão de uma cidadã russa-americana devido a uma doação insignificante de US$ 50 para uma instituição de caridade ligada à Ucrânia. Segundo Taylor, a ação do presidente russo, Vladimir Putin, é uma clara provocação aos Estados Unidos, e o governo americano precisa intensificar sua resposta.

“Eu realmente acredito que ele está desafiando os Estados Unidos e os americanos”, disse Bill Taylor em entrevista ao programa de Chris Cuomo, da NewsNation. Ele destacou a importância de investigar se a detenção da bailarina amadora de 33 anos, Ksenia Karelina, foi ilegal e, se for o caso, mobilizar esforços para garantir sua libertação.

Karelina enfrenta acusações de traição e pode ser condenada a até 12 anos de prisão, após ter sido acusada de fazer uma doação para a Razom, uma instituição de caridade que apoia o exército da Ucrânia. A detenção dela ocorreu no mesmo dia em que Putin concedeu uma entrevista a Tucker Carlson.

Segundo Taylor, Putin não tolera qualquer forma de oposição e se mostra mais repressivo do que nunca. O ex-embaixador alertou para a gravidade da situação, evidenciada pelo vídeo angustiante de Karelina sendo conduzida ao tribunal de olhos vendados e algemada.

Enquanto o caso de Karelina ganha destaque, surgem questões sobre a morte súbita e misteriosa do principal oponente político de Putin, Alexei Navalny, em uma colônia penal remota. Especula-se que Navalny possa ter sido assassinado por um golpe no coração, o que seria um “sinal característico da KGB”, afirmou o ativista Vladimir Osechkin.

Putin, que ascendeu nas fileiras da agência de segurança soviética por quase duas décadas antes de iniciar sua carreira política nos anos 1990, tem sido alvo de críticas pela repressão crescente a opositores e dissidentes. Até o momento, a Casa Branca não se pronunciou sobre a prisão de Karelina.

Karelina foi presa por traição depois de fazer uma doação de US$ 51 a uma instituição de caridade ligada à Ucrânia.

Ksenia Karelina/Facebook