O governador Ronaldo Caiado decretou situação de emergência em 25 municípios goianos devido à falta de chuvas, que afetou significativamente a produção agrícola. O decreto n.º 10.407 foi publicado em um suplemento do Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (05/02) e terá vigência de 180 dias.

Essa medida abrange principalmente municípios das regiões Oeste e Norte do estado, incluindo Acreúna, Amorinópolis, Araguapaz, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Caiapônia, Diorama, Guarani de Goiás, Iporá, Israelândia, Ivolândia, Jaupaci, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Mozarlândia, Nova Crixás, Palestina de Goiás, Paraúna, Piranhas, Porangatu, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e Turvelândia.

O decreto considera os baixos índices de chuvas e as condições climáticas extremas devido ao período prolongado de escassez ou ausência de chuva, resultando na perda de umidade do solo superior à sua reposição, conforme a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade).

Segundo o decreto, o desastre, denominado e codificado como “Estiagem”, é classificado como de nível 2 ou de média intensidade, de acordo com uma portaria do Ministério do Desenvolvimento Regional. Além disso, os efeitos da decretação da situação de emergência ficam limitados aos municípios listados que comprovarem os danos causados pelo desastre.

A causa dessa estiagem é apontada como o fenômeno El Niño. Um levantamento do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), ligado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), indica que esse fenômeno natural teve início em junho de 2023 e, de setembro a dezembro, causou temperaturas elevadas e chuvas irregulares. A onda de calor persistente afetou as plantações, com o calor excessivo consumindo a umidade do solo.