Prefeitura inicia instalação de armadilhas para combate ao Aedes aegypti em quatro regiões de Goiânia

Visando reduzir a circulação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou, nesta segunda-feira (22/4), a instalação de 11.250 armadilhas contra o Aedes aegypti. Do total, 8 mil são novas e 3.250 já eram usadas em outras regiões. Os equipamentos estão sendo instalados, ao mesmo tempo, em bairros de quatro regiões da capital, onde foi constatado maior risco de transmissão.

“Goiânia teve uma experiência positiva com as primeiras armadilhas que instalamos. Elas se mostraram eficazes tanto na eliminação de larvas quanto do mosquito adulto, então resolvemos investir nessa estratégia e adquirimos mais 8 mil. É mais uma medida que estamos usando no controle do Aedes para proteger os moradores de nossa cidade”, ressalta o prefeito Rogério.

Os bairros que vão receber as armadilhas são: Jardim América, na Região Sul; Residencial e Jardim Itaipú, Região Sudoeste; Parque Tremendão, Região Noroeste; e Jardim Guanabara, na Região Norte. “Essas áreas foram determinadas após realizarmos estudo baseado numa série histórica de epidemiologia e também de entomologia”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Pedro Moraes.

As armadilhas permanecerão por 12 meses nos locais onde estão sendo instaladas. Os agentes comunitários de endemias seguem metodologia para que o bairro fique completamente coberto. “A partir do primeiro imóvel, as armadilhas são instaladas de dois em dois imóveis, ou de três em três, depende do tamanho do terreno. Caso seja uma quadra onde os lotes possuem mais de 500m², então são duas armadilhas a cada três imóveis”, disse o gerente de departamento de Controle de Animais Sinantrópicos, Welington Tristão.

Em locais de grandes construções, como escolas e indústrias, a equipe avalia a quantidade de armadilhas a ser instalada. Em todos os lugares, os responsáveis assinam um termo de autorização. O filtro de cada armadilha é trocado a cada 45 dias, quando é possível fazer uma análise dos resultados.

“O uso das armadilhas oferece uma solução prática e eficiente na redução do número de mosquitos e, consequentemente, reduzimos o risco de transmissão da doença. Além disso, essas armadilhas são seguras para o meio ambiente, só matam mesmo larvas e mosquitos”, esclarece o secretário de Saúde, Wilson Pollara.

O secretário também explica que as armadilhas fazem parte de uma série de medidas adotadas pelo município no enfrentamento à dengue. “Além do trabalho grandioso dos agentes de endemias, que visitam todo tipo de imóvel, a prefeitura comprou tablets para todos eles. São 846 agentes que agora contam com essa ferramenta importante para garantir agilidade nas informações. O município também investiu muito na compra de testes que detectam a doença”, afirma.

Como funciona
As armadilhas funcionam como dispersoras de partículas de larvicidas que ficam depositadas em uma espécie de balde preto, que é preenchido com água e um odor que atrai a fêmea em época de postura de ovos. Ao ser atraída, ela deposita os ovos em uma rede contaminada com um fungo que mata as larvas. Todos os mosquitos que pousam na armadilha são enfraquecidos e morrem também. Mas antes, eles espalham larvicida por onde passam e matam larvas em locais de reprodução nas proximidades.