Exposição em Goiânia relembra tragédia do Césio-137 com obras artísticas e homenagens às vítimas

Teve início nesta segunda-feira (5), no Museu Frei Confaloni, em Goiânia, a exposição gratuita sobre o acidente com o Césio-137, considerado um dos maiores desastres radiológicos do mundo. A mostra segue até o próximo domingo (11), com visitação aberta ao público das 8h às 12h e das 14h às 17h.

Realizada pelo Governo de Goiás em parceria com a Prefeitura de Goiânia, a exposição reúne obras de artistas plásticos, poetas e fotógrafos que abordam, sob diversas perspectivas, o impacto social, humano e ambiental da tragédia ocorrida em setembro de 1987 na capital goiana.

O objetivo da mostra é promover a memória coletiva, a educação e a reflexão sobre o acidente, além de prestar homenagem às quatro vítimas fatais identificadas na época: Leide das Neves Ferreira, de 6 anos; Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos; Israel Baptista dos Santos, de 22 anos; e Admilson Alves de Souza, de 18 anos.

Relembre o acidente

Em 13 de setembro de 1987, Goiânia foi cenário de um grave acidente radiológico após a abertura de um aparelho de radioterapia abandonado em um antigo hospital. O equipamento continha cloreto de césio-137, substância altamente radioativa, que se espalhou pela cidade. O episódio contaminou mais de mil pessoas e causou preocupação internacional, ocorrendo apenas um ano após o desastre nuclear de Chornobyl.

De acordo com registros oficiais, 249 casos foram considerados graves à saúde humana. O acidente deixou um legado de dor, mas também motivou avanços na legislação e nos protocolos de segurança relacionados a materiais radioativos no Brasil.

A exposição pretende transformar a memória da tragédia em oportunidade de educação, conscientização e transformação social.