Dia do Trabalhador: feriado prolongado beneficia turismo, mas afeta comércio
Entre o último dia 28 de abril e o dia 2 de maio, a Rede Infraero espera receber 662,5 mil passageiros em voos comerciais regulares em seus 21 aeroportos, devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalhador. A estimativa é de que a terça-feira (2) seja um dos dias mais movimentados, com 157,9 mil passageiros e 1.196 voos.
Segundo o economista Aurélio Trancoso, essa projeção é uma indicação de que setores como turismo e transporte estão entre os que mais se beneficiam com os feriados prolongados. “Cidades turísticas também se favorecem com esse feriado prolongado. Tem pacotes que são feitos para cidades turísticas, então o setor de transporte, que seria a área de aviação, também ganha com isso. Então, a economia não para”, pontua.
Confira abaixo as estimativas de movimentação nos aeroportos
Em 2023, dos nove feriados nacionais, quatro caem em segundas ou sextas-feiras e, portanto, emendam com o final de semana. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os feriados prolongados e pontos facultativos devem injetar R$ 74,3 bilhões no Turismo brasileiro este ano.
Bom para uns e não tão bom para outros. As entidades ligadas ao comércio apontam queda nas vendas por conta dos feriados. Pelas contas da CNC, cada feriado reduz a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. Cada feriado em dias comerciais gera um prejuízo de R$ 2,46 bilhões ao varejo.
Para Trancoso, nos feriados que acontecem em dias de semana e nos prolongados, o que ocorre é o deslocamento de consumo para determinados setores ou nichos da economia.
“O varejo realmente é afetado, mas não necessariamente como um todo. Como você tem os shoppings abertos normalmente, as lojas de shoppings funcionam. Então, parte do varejo tem alguns problemas que você acaba perdendo venda. E quando é prolongado, você tem o sábado, domingo e segunda-feira, você está perdendo um dia normalmente. Em contrapartida, tem a área turística que ganha muito com isso. Os bares, restaurantes, a parte de alimentos e bebidas são muito procurados nesse momento. Você perde de um lado, mas ganha de outro”, explica.
Fonte: Brasil 61