Aluguel teve uma acréscimo de 32,93% nos preços em Goiânia

Goiânia é uma das capitais brasileiras que teve a maior alta no reajuste do aluguel em dezembro 2022, a capital registrou elevação nominal no aluguel residencial de 3,52% comparado aos períodos anteriores, de acordo com um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Zap +, que analisa dados do mercado imobiliário.

A capital goiana lidera o ranking geral entre as capitais que exibiram aumento nos preços de aluguel, com acréscimo de (+32,93%), logo em seguida Florianópolis (+30,56%), Curitiba (+24,47%) e Fortaleza (+21,33%), Belo Horizonte (+20,01%), Rio de Janeiro (+17,93%), Recife (+17,07%), Salvador (+16,56%), São Paulo (+14,63%), Porto Alegre (+11,14%) e Brasília (+9,15%).

Segundo Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, quando se fala do aumento da locação não está se falando no aumento do Índice Geral de Preços (IGP-M) que corrige a locação, está se falando do aumento do valor de locação médio, “As pessoas que já tem locação em andamento elas normalmente vão ter somente o reajuste por meio do IGPM, sem sofrer toda essa correção do aumento da locação em si. Agora as pessoas que estão procurando o imóvel seja comercial ou residencial, para uma primeira locação podem ter mais dificuldade em relação ao preço, é necessário uma boa negociação”, explica.

A capital está também entre as capitais com menor valor de locação residencial por metro quadrado, Fortaleza lidera essa lista com (R$ 23,05/m²), Goiânia (R$ 26,09/m²), Porto Alegre (R$ 27,68/m²), Curitiba (R$ 29,62/m²) e Salvador (R$ 29,62/m²).

Fatores que explicam a escalada de preços

●     Derivação do desenvolvimento imobiliário que o mercado vem vivendo nos últimos três anos;

●     A alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização imobiliária;

●     Vários novos lançamentos de empreendimentos imobiliários, novos produtos, o que faz com que haja um aumento do valor do metro quadrado nas cidades tendo em vista a procura por empreendimentos e consequentemente puxa o aumento do aluguel;

Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida.

“A expectativa é de crescimento natural e posteriormente uma estabilização dos preços, mas não tem uma expectativa de queda desses valores”, acrescenta o advogado