Morte de Lolita, a orca mantida em cativeiro por 53 anos, reacende debate sobre bem-estar animal

A morte de Lolita, a orca mantida em cativeiro por 53 anos no Miami Seaquarium, reacendeu o debate sobre o bem-estar animal. A baleia, que morreu aos 57 anos, foi capturada na costa oeste do Alasca em 1970, quando tinha apenas dois anos de idade. Ela foi levada para o parque em Miami e se tornou uma das atrações mais populares.

A morte de Lolita foi anunciada pelo Miami Seaquarium em 18 de agosto. O parque informou que a orca apresentava “graves sinais de desconforto” dois dias antes e que recebeu os melhores cuidados médicos possíveis. No entanto, ela faleceu devido a um problema renal.

A morte de Lolita foi lamentada por muitos, incluindo ex-veterinários e treinadores do Miami Seaquarium. Eles acusam o parque de negligência, dizendo que a orca foi mal cuidada e alimentada.

“Há muito tempo que dizemos que eles vão matá-la no Seaquarium”, disse a Dra. Jenna Wallace, ex-veterinária do parque. “Temos lutado tanto para conseguir o melhor tratamento para ela e tirá-la de lá, mas ninguém nos ouviu.”

Wallace acredita que Lolita sofria de desidratação devido à redução de sua dieta dois anos antes de sua morte. Ela também afirma que a orca vivia em condições inadequadas, em um tanque pequeno e sem estímulos.

O Miami Seaquarium nega as acusações de negligência. O parque afirma que Lolita recebia uma dieta rica em nutrientes e adequada ao seu apetite. O parque também diz que a orca vivia em um ambiente enriquecido, com brinquedos e outras atividades.

Independentemente das causas da morte de Lolita, sua história reacendeu o debate sobre a manutenção de orcas em cativeiro. Os críticos dessa prática argumentam que essas criaturas são sociais e inteligentes, e que não podem prosperar em tanques.

Uma investigação do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Flórida está em andamento para determinar a causa da morte de Lolita.