
Justiça aceita denúncia contra delegado e esposa em esquema de corrupção na educação
A Justiça de Goiás aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o delegado da Polícia Civil, Dannilo Ribeiro Proto, e sua esposa, Karen Proto, acusados de liderar um esquema de desvio de recursos públicos da educação municipal e estadual.
A acusação é fruto da Operação Regra de Três, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), que apura um desvio estimado em R$ 2,5 milhões por meio de mais de 40 contratos firmados desde 2020 com empresas de fachada contratadas pelo poder público.
Primeira denúncia
Essa é a primeira denúncia submetida à Justiça pelo MPGO dentro da operação, e envolve apenas os líderes da suposta organização criminosa, ou seja, Dannilo e Karen. A investigação contou com apoio da Polícia Civil de Goiás e da Controladoria-Geral do Estado (CGE), mobilizando 19 promotores, mais de 20 servidores e cerca de 80 agentes de segurança.
Segunda denúncia e detalhamento das fraudes
Uma segunda denúncia, protocolada no dia 1º de setembro, envolve os demais integrantes do grupo criminoso. De acordo com o MPGO, o casal teria corrompido servidores da educação para fraudar licitações do Programa Reformar e de outras iniciativas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
As investigações apontam ainda que Karen Proto manteve o esquema ativo durante o período em que foi coordenadora regional de Educação de Rio Verde (2019 a 2024), utilizando sua função para favorecer empresas ligadas à organização criminosa.
Prisão preventiva
O delegado Dannilo Ribeiro Proto está preso preventivamente desde o dia 22 de agosto, quando a Justiça converteu sua prisão em flagrante em preventiva, após audiência de custódia.
O caso segue em tramitação, com expectativa de novos desdobramentos a partir das denúncias apresentadas.