Vereadora Aava Santiago cobra transparência em CEI do Consórcio Limpa Gyn e aponta possíveis irregularidades

Na primeira reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga os contratos e serviços do Consórcio Limpa Gyn, realizada nesta terça-feira (9), a vereadora Aava Santiago (PSDB), vice-presidente da comissão, reforçou a necessidade de transparência e confrontou declarações do executivo da empresa, que havia classificado a investigação como “desnecessária” em entrevista ao jornal O Popular. A parlamentar apresentou dois requerimentos: um pedindo o plano de varrição mecanizada, para comparar o serviço contratado com o executado, e outro solicitando o detalhamento da frota de caminhões em operação, incluindo o valor unitário de cada veículo. Segundo Aava, essas informações podem revelar descumprimento contratual e até indícios de superfaturamento.

Durante sua fala, a vereadora criticou a postura da empresa e afirmou que seus pedidos de informação, protocolados desde abril, nunca foram respondidos. Ela também relatou falhas na execução dos serviços, citando como exemplo a varrição diária: “No trecho em frente à minha casa, desde que o contrato foi assinado, eu só vi o caminhão por aqui duas vezes. Basta comparar os valores da tabela com o serviço prestado para entender por que a empresa tenta desqualificar nosso trabalho: é só olhar e ver que, minimamente, o serviço não está sendo cumprido”.

Aava destacou ainda que a investigação é uma defesa do interesse público. Para ela, a falta de limpeza urbana afeta diretamente a população que paga impostos e não recebe os serviços adequados em troca, impactando na saúde, na mobilidade e na qualidade de vida dos goianienses. A CEI terá prazo inicial de 120 dias, prorrogáveis por igual período, e se reunirá semanalmente, sempre às terças-feiras, às 14h, com acompanhamento aberto à população.