Empresário acusado de matar gari em BH nega crime, mas polícia aponta provas contundentes

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, preso pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, durante uma discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, continua negando participação no crime. Apesar disso, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) afirma possuir “uma gama de provas” que o colocam no local, incluindo imagens e identificação do carro de luxo que ele conduzia.

Segundo Renê, na manhã do homicídio ele saiu de casa às 8h07, enfrentou trânsito intenso, foi para sua empresa em Betim, e, após o almoço, retornou à residência para passear com os cães. Em seguida, foi para uma academia no bairro Estoril, onde acabou preso.

A Justiça retirou o sigilo do Auto de Prisão em Flagrante (APF), decisão tomada pelo juiz Leonardo Damasceno, da Central de Audiência de Custódia. A audiência que definirá se a prisão será convertida em preventiva está marcada para esta quarta-feira (13), às 8h30.

Renê foi autuado por homicídio duplamente qualificado e ameaça. Ele é marido da delegada Ana Paula Balbino Nogueira, que confirmou ter duas armas registradas, mas a arma do crime não foi localizada. A corregedoria instaurou procedimento para apurar eventual envolvimento da servidora, que permanece no cargo até a conclusão das investigações.

O caso também gerou contradição sobre o pedido de sigilo processual: o Fórum de BH informou que a solicitação partiu da PCMG, mas o delegado responsável nega, alegando que não é prática comum e que a apuração segue com imparcialidade e foco no total esclarecimento dos fatos.