
Kodak pode fechar após 133 anos: dívida de US$ 500 milhões ameaça gigante da fotografia
Ações da Kodak caem 25% após alerta de possível fechamento. Empresa luta para pagar dívida de US$ 500 milhões e evitar falência.
A Eastman Kodak, ícone mundial da fotografia, vive um dos momentos mais críticos de sua história. As ações da empresa caíram 25% nesta terça-feira (12) após um alerta preocupante: sem aporte financeiro urgente, a companhia pode encerrar suas atividades.
💰 Dívida de US$ 500 milhões ameaça operação
No relatório de resultados divulgado na segunda-feira (11), a Kodak revelou que não possui liquidez ou financiamento disponível para pagar cerca de US$ 500 milhões em dívidas que vencem em breve. A empresa admitiu, em documento oficial, haver “substancial dúvida” sobre sua capacidade de continuar operando.
Para ganhar fôlego, a estratégia inclui suspender temporariamente contribuições ao plano de aposentadoria e buscar refinanciamento ou extensão dos prazos de pagamento.
📜 De pioneira da fotografia ao risco de falência
Fundada em 1879 por George Eastman, a Kodak revolucionou o mercado em 1888 ao lançar a primeira câmera para uso popular, acompanhada do slogan: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Nos anos 1970, detinha 90% do mercado de filmes e 85% das vendas de câmeras nos EUA.
Apesar de criar a primeira câmera digital em 1975, a empresa não conseguiu acompanhar a transição tecnológica e pediu falência em 2012, acumulando dívidas bilionárias.
🔄 Tentativas de reinvenção
Após a crise, a Kodak passou a investir em impressão industrial e produtos licenciados, como impressoras e mini impressoras fotográficas. Em 2020, recebeu a promessa de um empréstimo governamental de US$ 765 milhões para produzir insumos farmacêuticos nos EUA, o que impulsionou temporariamente suas ações.
⚠️ Futuro incerto
Agora, com a nova crise, a marca que imortalizou memórias ao longo de mais de um século enfrenta novamente a possibilidade de desaparecer do mercado.