Bilionário por trás do OnlyFans tenta vender plataforma por US$ 8 bilhões, apesar de polêmicas

O bilionário Leo Radvinsky, proprietário da Fenix International — empresa controladora do OnlyFans — supostamente está negociando a venda da plataforma por até US$ 8 bilhões. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal e reforça os rumores de que Radvinsky busca se desvencilhar do site que o tornou um dos empresários mais ricos (e discretos) da tecnologia mundial.

Radvinsky, de 43 anos, é conhecido por evitar aparições públicas e manter sua imagem fora dos holofotes. Apesar disso, entre 2019 e 2024, ele arrecadou cerca de US$ 1,3 bilhão em dividendos com o OnlyFans, de acordo com registros britânicos.

A empresa, baseada em Londres, é um sucesso financeiro, com lucros expressivos graças ao modelo de assinatura que repassa 80% da receita aos criadores e retém 20% como comissão. O conteúdo adulto — carro-chefe da plataforma — é ao mesmo tempo a chave do sucesso e o principal obstáculo para atrair investidores, devido às implicações éticas, regulatórias e de imagem.

Entre os interessados na compra está o grupo americano Forest Road Company, mas há relatos de que outra entidade, ainda não identificada, também entrou na disputa.

Mesmo com a tentativa de ampliar a atuação do OnlyFans para além do conteúdo explícito — promovendo humor, música e esportes —, a plataforma ainda carrega o estigma do setor adulto. Isso tem dificultado negociações e levado grandes grupos a hesitarem em fechar negócio.

Radvinsky adquiriu o OnlyFans em 2018, quando ainda era uma plataforma de nicho. Sob sua gestão, o site explodiu em popularidade, principalmente durante a pandemia, chegando a registrar até 300 mil novos usuários por dia.

Discreto, mas ambicioso, o bilionário vive atualmente na Flórida com a esposa, Katie Chudnovsky, em uma mansão que pertenceu à ex-tenista Chris Evert. Além da tecnologia, o casal tem se envolvido em causas filantrópicas, financiando projetos de pesquisa médica e tecnologia aberta.

A possível venda do OnlyFans por US$ 8 bilhões consolidaria a fortuna de Radvinsky e marcaria um novo capítulo na trajetória de uma das plataformas mais controversas e lucrativas da internet.