Alego adia votação dos decretos de calamidade financeira de Goiânia e envia pedido de análise ao TCM

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) decidiu, nesta quinta-feira (22), adiar a votação dos decretos que prorrogam a calamidade financeira da Prefeitura de Goiânia. Os pedidos serão enviados ao Ministério Público de Contas (MPC), junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), antes de irem ao plenário.

A decisão foi tomada após questionamentos de parlamentares, especialmente dos deputados Clécio Alves (Republicanos) e Antônio Gomide (PT), que pediram mais clareza sobre a real situação financeira da capital. “É o melhor caminho. O TCM precisa se manifestar sobre isso antes”, declarou o líder do governo, Talles Barreto (UB).

Os decretos, assinados pelo prefeito Sandro Mabel (UB), pedem mais 180 dias de calamidade, prorrogáveis pelo mesmo período, sob a justificativa de que em quatro meses de gestão foi possível quitar apenas 10% da dívida herdada da gestão anterior.

Conflitos no plenário vão para o Conselho de Ética

A sessão também foi marcada por tensões. As representações apresentadas pelos deputados Bia de Lima (PT) e Amauri Ribeiro (UB), após discussões acaloradas nas sessões anteriores, foram encaminhadas ao Conselho de Ética da Casa.

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), reforçou que não aceitará desrespeito entre os parlamentares. “Aqui não é espaço para ataques pessoais. O debate tem que ser de ideias”, declarou.

Sino do Divino Pai Eterno é reconhecido como patrimônio goiano

Entre as matérias aprovadas, destaque para o projeto que reconhece o Grande Sino do Divino Pai Eterno – Vox Patris como patrimônio cultural e artístico de Goiás. Trata-se do maior sino em funcionamento no Brasil e um dos maiores do mundo, que será instalado no novo Santuário de Trindade.

Além disso, foi aprovada a criação da Semana Estadual de Conscientização e Prevenção de Acidentes com Ciclistas, proposta pelo deputado Dr. George Morais (PDT).

A sessão também validou a recondução do advogado Eduardo Vieira Mesquita ao Conselho Estadual de Educação (CEE-GO) para novo mandato de quatro anos.