
Governo dos EUA pode impor novas tarifas sobre iPhones e eletrônicos fabricados na China
Após isentar temporariamente smartphones e laptops das tarifas recíprocas elevadas, o governo dos Estados Unidos sinalizou que esses mesmos produtos poderão ser alvo de novas cobranças em breve. A informação foi confirmada neste domingo (13) pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, durante entrevista à emissora ABC News.
Segundo Lutnick, a atual exclusão de iPhones, notebooks e outros eletrônicos chineses das tarifas de importação é provisória e estratégica. “Esses produtos continuam incluídos na proposta tarifária sobre semicondutores e componentes críticos, e devem ser afetados quando essa nova fase entrar em vigor”, explicou.
Tarifa de até 145% está sob revisão
A administração Trump havia anunciado tarifas de até 145% sobre produtos oriundos da China, mas recuou parcialmente na última sexta-feira (11), suspendendo temporariamente a taxação de eletrônicos. A medida buscou conter o impacto direto ao consumidor e a grandes empresas de tecnologia dos EUA, como Apple e Dell.
Ainda assim, tarifas de base como 10% seguem em vigor, além de uma alíquota de 20% sobre importações chinesas, que o governo associou ao combate à crise do fentanil.
Segurança nacional e reindustrialização
Lutnick reforçou que a política tarifária tem como foco a segurança nacional e a recuperação da indústria americana. “Precisamos garantir que semicondutores e tecnologias essenciais sejam fabricados aqui, nos Estados Unidos”, afirmou. Ele também mencionou planos do governo para atrair a produção de medicamentos e componentes eletrônicos para o território nacional.
Especialistas alertam que, caso novas tarifas sobre eletrônicos entrem em vigor, o impacto no varejo poderá ser significativo. Um iPhone de última geração, por exemplo, poderia ultrapassar os US$ 2.300 caso a alíquota máxima seja aplicada.
A medida reacende as tensões comerciais entre EUA e China e alimenta o debate sobre os efeitos de longo prazo de políticas protecionistas na economia e no bolso do consumidor americano.
Com informações New York Post