Presidente Sul-Coreano Yoon Suk Yeol Enfrenta Impeachment Após Revogação da Lei Marcial

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol enfrenta um processo de impeachment após declarar e, posteriormente, revogar a lei marcial no país. A medida, anunciada em 3 de dezembro de 2024, visava, segundo Yoon, combater “forças antinacionais pró-Coreia do Norte” e proteger a ordem constitucional. No entanto, a ação gerou ampla oposição, levando o Parlamento a suspender a lei marcial poucas horas depois.

Em resposta, seis partidos de oposição, liderados pelo Partido Democrático, apresentaram uma moção de impeachment cdo-o de violar a Constituição e os direitos democráticos. A votação está prevista para ocorrer entre os dias 6 e 7 de dezembro.

A declaração de lei marcial resultou em confrontos entre militares e civis, especialmente nas proximidades da Assembleia Nacional em Seul. Tropas armadas tentaram controlar o prédio do Parlamento, mas recuaram diante da resistência de assessores parlamentares e manifestantes.

A crise política atual remete a períodos autoritários da história sul-coreana, como o impeachment da ex-presidente Park Geun-hye em 2017. Analistas destacam que a situação evidencia as profundas divisões políticas no país e a necessidade de fortalecer as instituições democráticas.

Se o impeachment for aprovado por dois terços do Parlamento e confirmado pela Corte Constitucional, Yoon será destituído, e o primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente até a realização de novas eleições.

A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, expressando preocupações sobre a estabilidade democrática na Coreia do Sul, um aliado estratégico em uma região geopolítica sensível.

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