Atividade em Colégio Militar de Tocantins Gera Polêmica por Cânticos Violentos

Em 21 de novembro de 2024, uma atividade extracurricular no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, localizado em Paranã, sudeste do Tocantins, gerou controvérsia ao expor alunos de 11 a 15 anos a cânticos com conteúdo violento. Durante o evento, que fazia parte da Operação Hagnos e visava conscientizar sobre a violência infantil, policiais da Força Tática da Polícia Militar conduziram um “corridão” — prática que combina exercícios físicos com cânticos militares. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os estudantes uniformizados repetindo frases como: “E vou pegar você. E se eu não te matar, eu vou te prender”.

A repercussão foi imediata, com críticas de servidores e familiares que consideraram a abordagem inadequada para a faixa etária dos alunos. Especialistas em educação e direitos humanos destacaram que expor crianças a mensagens de ódio e violência pode ter impactos psicológicos negativos e contraria princípios pedagógicos.

Em resposta, a Secretaria de Educação do Tocantins informou que a atividade não fazia parte do currículo oficial e que medidas seriam tomadas para apurar o ocorrido. A Polícia Militar do Tocantins também se manifestou, afirmando que a intenção era promover a disciplina e o espírito de corpo, mas reconheceu que o conteúdo dos cânticos foi inadequado e que revisaria os procedimentos para futuras atividades.

Este incidente levanta questões sobre a adequação de práticas militares em ambientes educacionais e a necessidade de supervisão rigorosa de atividades extracurriculares para garantir que estejam alinhadas aos valores educacionais e ao bem-estar dos estudantes.